quinta-feira, 31 de maio de 2018

POETICAMENTE




Um poema
Pode não ser apenas um poema.

O poeta mente? Não.

A letra é apenas
Reflexo do que o poeta tem em mente.

É que na pele do texto
Nem sempre
Cabe todo o contexto.

Às vezes,
O poema é silêncio
Noutras é sussurros
Mas também pode ser grito.

Saiba ainda
Que a lista não é finda
E que o poema ser beijo
Que o corpo sente
Quando a saudade invade
E o coração consente.

Gyn, 31/05/2018
23h47min

sexta-feira, 25 de maio de 2018

POEMA CEM PROPÓSITOS

Às vezes
O poema acontece
De forma inesperada
Embora se espere sua chegada.
No texto
Fora do contexto
Um simples
Boa noite pronunciado
Pode conter uma centena de desejos
Não declarados.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

VERSOS PERVERSOS




Minha mente vagueia 
Malandramente
Toda vez que tua voz me chega
Em sussurros insinuantes
Cheio de promessas de travessuras
Inquietantes. 

São nessas horas incertas
De espera
Que escrevo meus versos 
Mais perversos e flamejantes.

A distância entre a promessa 
E o momento da festa 
Pode ser de horas, minutos ou segundos
Que minha mente travessa
Atravessa meio mundo.

Admito,
Sou dependente de metáforas
Para declarar minha alforria.
Por isso bebo o vinho do sonho
No oásis da fantasia.

Contigo sou rei
Na Pasárgada que conquistei.
Tu fostes
Tu és
E sempre serás
Inspiração para as maiores loucuras vividas
Em prosa e versos 
De minhas deliciosas travessuras.

Somente em ti, 
Idílica poesia,
Faço virar realidade 
O que seria apenas fantasia

sábado, 19 de maio de 2018

Sábado, 19 de maio de 2018

Noite fria
Chuva fina caindo lá fora
Gotas de promessas de flores e frutos fora da estação.

Noite fria
Chuva fina caindo lá fora
Barulhinho bom no telhado
Melodia gostosa aquecendo meu coração.

Noite fria
Chuva fina caindo lá fora
Sol no pensamento
Vontade de voar sem medo
Nas asas do vento.

SILÊNCIO DE ESTRELA




És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.
                                                                                             Pablo Neruda

Ontem a noite
Quando eu garimpava estrelas com os olhos
Vi o brilho do teu olhar
Refletido no brilho do céu.

Impactado em meu intergaláctico silêncio
Disse para mim mesmo
Em pensamento:
Neruda tem razão.
E sorri melancolicamente.

Ah, se todos sentissem
Ao menos um pouco do que os poetas sentem
A vida seria menos triste.

Gyn, 19/05/2018



quinta-feira, 17 de maio de 2018

FÊNIX





Assim como a fênix
Que renasce das próprias cinzas
Após arder-se em combustão
Eu também renasço
De minhas labaredas extintas
Nas cinzas da emoção.

Basta-me um simples lampejo
Da imagem da amada
Para faiscar em meu coração adormecido
Um verso novo, inédito em desejos
Nunca esquecidos.

As brasas que me abrasam
Me devoram
Mas nas cinzas que sobram
Me renovo.

Com o passar do tempo
Não sei o que sobrará de mim em ti.
O esquecimento é uma maneira
De sepultar o amor que não podemos suportar.

Amanhã, talvez, se o amanhã existir
Eu não existirei em ti
Mas eu, das cinzas
Voltarei no poema que escrevi.

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...