terça-feira, 13 de novembro de 2012

SARAU NA ACADEMIA APARECIDENSE DE LETRAS.



                   

A Academia Aparecidense de Letras promoveu na sexta-feira última, 09/11/2012, o lançamento do livro de contos O PÃO DE CADA DIA, de autoria do educador, escritor e acadêmico CLAUDIO DE CASTRO.
O lançamento aconteceu na sede provisória da Academia, localizada no Colégio Claudio de Castro, Aparecida de Goiânia, durante um sarau enriquecido com apresentação de dança, música e recital de poemas declamados por alguns acadêmicos, o que, certamente, oportunizou aos presentes uma noite festiva, na qual, manifestações artísticas em várias nuances puderam ser apreciadas.
PÃO DE CADA DIA chega a lume mais que referendado, pois, além do histórico de publicações relevantes do autor, a obra, ainda inédita, foi premiada em dois concursos literários, um deles promovido pela Universidade Ibirapuera, em São Paulo e o outro, em terras goianas, durante os anos noventa, no certame denominado Novos Valores da Literatura.
Não obstante as premiações que o validaram, o texto de CLAUDIO DE CASTRO continuava na gaveta, como ele próprio assevera na apresentação de sua lavra: “Apesar da vitoriosa trajetória desses textos, o livro permanecia inédito e só agora, mais de uma década passada o livro vem à luz”.
O livro é composto de nove contos curtos, narrados em primeira pessoa, o que imprime ao texto uma pessoalidade sugestiva de caráter autobiográfico.
As narrativas fluem como “causos” contados entre amigos, o que torna a leitura agradável e atraente à maioria dos leitores já nos primeiros parágrafos.
Outro aspecto em O PÃO DE CADA DIA que contribui para esse despertar de interesse no leitor, penso eu, é que a construção textual, em cada história, apresenta um enredo leve, com cara de cotidiano possível, fazendo de cada leitor uma potencial testemunha de cada situação.
A prosa de CLAUDIO DE CASTRO em O PÃO DE CADA DIA agrada também porque cada história se desenovela parágrafo a parágrafo sem afugentar os leitores menos experientes, mas, ao mesmo tempo, apesar da aparente simplicidade, revela-se densa, sugerindo, provocando, criando situações inusitadas, como é o caso do ingrediente surpresa adicionado ao texto e à massa, no conto PÃO COM TORRESMO.
CLAUDIO DE CASTRO não faz apenas o resgate da história da família do personagem, mas traz para os nossos dias, para conhecimento, principalmente “do pessoal das gerações y e z”, a lembrança das tradicionais PADARIAS com forno à lenha, aquelas que existiam em todos os bairros e foram substituídas pelas panificadoras localizadas no interior dos supermercados ou transformadas em lojas de conveniência.
Após o último ponto final, conclusa a leitura, ao pensar em uma definição para esta obra de CLAUDIO DE CASTRO, achei prudente voltar ao início, mais precisamente na orelha do livro, e fazer coro com a escritora e acadêmica LUCIANA CATARINA quando assim o define: “Despretensioso e simples, assim é o texto de Claudio de Castro. (...) A literatura de Claudio não tem a intenção de agradar ou desagradar, ela apenas acontece de forma espontânea. (...)O Resultado contempla a nós, leitores, com uma literatura de altíssimo nível”.  


Almáquio Bastos é Escrivão Policial Civil, escritor e membro da Academia Aparecidense de Letras e União Brasileira de Escritores – Seção Goiás.    

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...