Borboleta esculpida em veludo. Asas e mistérios na silhueta bipartida.
Uno corpo e mil segredos mimetizados nas peludas paredes do
Casulo de delícias, carnudas abas, que guardam úmidas,
Entre as duas grandes asas aveludadas, um par de sensíveis asinhas, que
Túmidas e imberbes, ocupam-se no nobre, mimético e delicadíssimo dever de
Agasalhar o minúsculo exemplar Chrysallis kleitoris que, sob capuz, se aninha.
BASTOS, Almáquio. Sob o Signo de Eros, Coleção Serra das Areias, v. 2, Academia de Letras de Aparecida de Goiânia – Goiás, Aparecida de Goiânia: 2007. p. 37
obs: foto capurada do blog http://danilein.blogs.sapo.pt/19377.html
Nossa, que delícia! Grande ode a borboleta, hein!! bjs.
ResponderExcluirEu sempre me prendi à forma da borboleta, linda! Ela me parece uma vulva com um encantador clitóris desenvolvido, enfeitado entre cores e veludos. Só me faltava essa construção frasal, poética. Parabéns amigo, tem o domínio das palavras. Obrigado por dizer o que eu não consigo, e aliviar minha angústia da expressão vazia.
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