domingo, 1 de maio de 2016

ORQUIDEA MOLHADA


Na madrugada silente,
Enquanto algumas estrelas solitárias
Cintilavam no céu de minha imaginação,
Invadi a janela de seus sonhos
E recitei meus versos proibidos
Que guardo em um baú de ilusões.

Entendo que na poesia
Sussurrada ao pé do ouvido,
Há tênues fios que unem desejo e magia.

Cada verso recitado
Vale mil pelos eriçados
E depois que a chama está acesa,
Fixada está a fantasia
Nas rígidas abas da realidade.

Por isso,
No silêncio da noite, em sonhos, visitei seu jardim.
Vi a lua banhar de brilho todas as flores
E me encantei loucamente quando
O orvalho pousou sobre as lindas pétalas e deixou a orquídea molhada.

Ao acordar,
Talvez não se lembre dos versos que recitei,
Mas sua pele ainda quente e úmida,
Denunciará o beijo roubado que lhe dei.


               Ap.Gyn 30/04/2016

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