Nem sempre é verão em meu coração
Acostumado às intempéries
Sobrevivo aos temporais dos dias
Mas peço
Não me tirem a poesia.
Em manhã que falta sol
Em noite que falta lua
Sou mais susceptível à melancolia.
No meu entendimento
O que difere o homem do nada
É a sua jornada.
É no caminho que se aprende
Cultivar rosas
Não obstante os espinhos.
De que adianta
A força bruta se nossa maior labuta
É contra nós mesmos?
Minha vigília perene
Tem cheiro de profecia
Sexto sentido não é exclusividade feminina
É leitura de vírgulas e entrelinhas.
No afã de ser um ser melhor
Sou, antes de tudo, pedra esculpida.
Na mão do artífice a solução
Para a dureza de meu coração.
Fotografia http://www.entreculturas.com.br/2010/11/exposicao-celebracao-da-natureza/
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