Continuo aqui
Colhendo feixes de
luz
Por entre as frestas
das folhas
Das parreiras de
minha imaginação.
Ao meu alcance,
Cachos de uvas
maduras,
Dulcíssimas,
Convidam-me a provar
delícias inimagináveis.
De repente, uma
brisa suave
Me faz um carinho na
face
Como se me
sussurrasse
Lembranças de
loucuras impublicáveis,
Vividas num verão
passado.
Das sombras das
lembranças
Sobraram esperanças.
Destarte,
De um feixe de luz
faço um laço
E do nó do meu
desassossego
Invento a
possibilidade do abraço.
De repente, mágica
mente,
Como num conto de
fábulas
Vividas nas minhas
insanas fantasias,
Chapeuzinho
vermelho, adulta e feliz,
Me oferece uvas
maduras, loucuras e poesias.
O poema se faz
assim,
Alquimia de fantasia
Misturada com um
pouco de realidade
E muito de mim.
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