Conheço pessoas que acham
estranha
Minha paixão por orquídeas.
Elas falam assim:
Esse negócio de orquídeas, poesias, sei não...
Minha paixão por orquídeas.
Elas falam assim:
Esse negócio de orquídeas, poesias, sei não...
E soltam uma gargalhada de
perdoável deboche.
Eu rio
Porque sei que é tudo brincadeira.
Não acredito que haja maldade
Na declarada falta de sensibilidade.
Para mim o tempero das coisas
E que faz toda diferença
É o delicado sabor da diversidade.
Muitas são aqueles
Que pensam que os verdadeiros poetas
Estão mumificados dentro dos Antigos livros de história.
Quem assim pensa jamais compreenderia
Como em pleno século vinte e um
Uma pessoa comum
Possa criar seu próprio oásis.
Essas pessoas se assombrariam
Se me vissem cavalgar no lombo de cometas
Eu rio
Porque sei que é tudo brincadeira.
Não acredito que haja maldade
Na declarada falta de sensibilidade.
Para mim o tempero das coisas
E que faz toda diferença
É o delicado sabor da diversidade.
Muitas são aqueles
Que pensam que os verdadeiros poetas
Estão mumificados dentro dos Antigos livros de história.
Quem assim pensa jamais compreenderia
Como em pleno século vinte e um
Uma pessoa comum
Possa criar seu próprio oásis.
Essas pessoas se assombrariam
Se me vissem cavalgar no lombo de cometas
Livre das amarras sociais
Colhendo brilho de estrelas com os olhos
Fazendo mil estripulias em inimagináveis alturas
Colhendo brilho de estrelas com os olhos
Fazendo mil estripulias em inimagináveis alturas
Só para provar o cheiro e
o tempero das uvas de Baco
Em deliciosas e insanas aventuras.
Aos que incompreendem
Aos que incompreendem
Minha suposta
excentricidade
Digo que uma parte de mim é moldada pela razão.
Homem comum, caseiro, casado
Servidor público a paisana ou fardado.
O outro ser que sou é moldado pela emoção
Um eu que não cabe inteiro em mim.
Digo que uma parte de mim é moldada pela razão.
Homem comum, caseiro, casado
Servidor público a paisana ou fardado.
O outro ser que sou é moldado pela emoção
Um eu que não cabe inteiro em mim.
Se minha face razão é raiz
que me crava ao chão
Meu lado poeta é meu Shangri-la,
paraíso sem fim.
Nesse mundo paralelo, oásis de alegrias
Sou domador de cavalos
alados
Odisseu desbravador de mares bravios
Odisseu desbravador de mares bravios
Minha saga é fazer das peripécias
minha poesia.
Por isso amo as orquídeas em sua inexplicável beleza
Elas me libertam da
opressão da urgência que nos mata
Florescem ao seu tempo e se
impõe com delicadeza
Como encanto de mulher cuja
delicada magia nos ata.
Assumo minha identidade
paradoxal
Ora sou raiz, cravado ao
chão de mim mesmo
Ora sou ave de arribação preso
ao sul infinito pela emoção.
Assim, dividido entre mito
e realidade
Vou cultivando minhas orquídeas
Com minha louca serenidade.
* Foto do meu acervo pessoal, orquidea fotografada por mim em meu quintal.
Vou cultivando minhas orquídeas
Com minha louca serenidade.
* Foto do meu acervo pessoal, orquidea fotografada por mim em meu quintal.
Décimo terceiro poema do desafio #quaresmapoética
26.02.2018
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