terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

TOTEM EM MEMÓRIA DA FÉ, ÉTICA E MORALIDADE



Dou a mão à palmatória
Mas não me rendo.
Minha trincheira de resistência
Será o marco de minha dignidade.
O século XX passou num piscar de olhos
E nem parece que sou do século passado,
De onde venho sem saudosismo, mas trazendo muita saudade.

Hoje sobrevivo numa sociedade contaminada
Por avalanches de ismos abjetos
Por isso faço deste poema
Um totem em memória da ética, fé e moralidade.

Que tristeza ver tantas bandeiras podres
Tremulando em mãos de pessoas que perderam a bússola
E os rumos da sobriedade
Ao se alistarem nos extremistas exércitos
Da nova inquisição.

Os inquisidores estão por todos os lados
Ostentando seus crachás de deboche
Enquanto os sobreviventes que não aceitam
À demonização e morte da família tradicional
Andam de cabeças baixas
 E medem as palavras
Porque sabem que patrulhas de soldados zumbis
Ocupam os corredores do mundo
Caçando "bruxas" acusadas de diversos preconceitos gramaticais:
Diversidade em gênero, número e grau.

De longe se ouve o coro dos passageiros do barqueiro Caronte
Entoando máximas inspiradas no cânon da unilateralidade.
Mas não me interessa as bandeiras extremistas
E os ranços ideológicos dessa nova sociedade.
Sei que o tempo cuidará de fazer o expurgo
Lançando na latrina dos degetos escatológicos
O que não passar pelos filtros do amor, perdão e bondade.

Sétimo poema do desafio #quasresmapoética

2 comentários:

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...