Todo dia é dia de Sol
Todo noite é noite de luau
Faça chuva ou faça mar
No brilho dos teus olhos
Todo noite é noite de luau
Faça chuva ou faça mar
No brilho dos teus olhos
Quero me encontrar.
Anseio mais que a fria timidez
De uma luz difusa e vacilante
Porque, para escrever,
Anseio mais que a fria timidez
De uma luz difusa e vacilante
Porque, para escrever,
Preciso de relâmpagos,
Preciso de teu brilho esfuziante.
Para mim todo dia é dia de Sol
Qualquer que seja a estação.
Como nem só de verão vivem os poetas
Sobrevivo semeando pirilampos na escuridão
E com o brilho fosforescente faço festa.
Recuso me submeter à mesmice dos dias.
Para mim todo dia é dia de Sol
Qualquer que seja a estação.
Como nem só de verão vivem os poetas
Sobrevivo semeando pirilampos na escuridão
E com o brilho fosforescente faço festa.
Recuso me submeter à mesmice dos dias.
Não quero viver algemado
A uma pseudonormalidade.
Mais que isso,
Quero dias de sol
E noites de luau.
Quero teu brilho de estrelas
Mimetizadas de lantejoulas
Nas flores do meu quintal.
Não me negues a beleza faiscante
Que irradia de teus olhos.
Não me prives da formosura inexplicável
Desenhada na moldura de teu sorriso.
Que irradia de teus olhos.
Não me prives da formosura inexplicável
Desenhada na moldura de teu sorriso.
Isso é tudo que preciso.
Em qualquer estação
Quero
a ti minha flor de verão.
No
inverno quero hibernar em teus braços,
Mas
não completamente.
Antes
de ti deixar dormir
Quero
beijar com ternura o teu pescoço
Mas
só depois de te amar loucamente.
Na
primavera
Quero as flores e os licores
De tuas belezas primaveris.
Quero as flores e os licores
De tuas belezas primaveris.
No outono
Quero todos os sabores
De teus frutos outonais.
Quero todos os sabores
De teus frutos outonais.
Mas depois do outono,
Eu quero muito mais,
Quero provar o fruto temporão
Eu quero muito mais,
Quero provar o fruto temporão
E o prazer especial que ele me traz.
Contigo quero a tranquilidade
Que chega com a idade
Como um poema que não depende da rima.
Poema feito da vida, liquidas palavras,
Que escorrem em meu corpo
Feito filete de água cristalina.
Nesse perene riacho da nossa existência
Dia a dia vou rolando seixos no perau.
É no rolar das pedras-palavras com persistência
Que me torno pleno, sendo ou não normal.
Foto capturada da internet
https://www.google.com.br/search?rlz=1C1AVFC_enBR755BR755&biw=1902&bih=943&tbm=isch&sa=1&ei=EmesWsTKPIz9wATV_JbgCQ&q=dia+de+sol&oq=dia+de+sol&gs_l=psy-ab.12..0l10.6595.8220.0.10525.10.8.0.2.2.0.201.484.5j1j1.7.0....0...1c.1.64.psy-ab..1.9.500...0i67k1.0.RAil5V9y9No#imgrc=qvCKfu5ixvoJFM:
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