quinta-feira, 17 de maio de 2018

FÊNIX





Assim como a fênix
Que renasce das próprias cinzas
Após arder-se em combustão
Eu também renasço
De minhas labaredas extintas
Nas cinzas da emoção.

Basta-me um simples lampejo
Da imagem da amada
Para faiscar em meu coração adormecido
Um verso novo, inédito em desejos
Nunca esquecidos.

As brasas que me abrasam
Me devoram
Mas nas cinzas que sobram
Me renovo.

Com o passar do tempo
Não sei o que sobrará de mim em ti.
O esquecimento é uma maneira
De sepultar o amor que não podemos suportar.

Amanhã, talvez, se o amanhã existir
Eu não existirei em ti
Mas eu, das cinzas
Voltarei no poema que escrevi.

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