Um documentário e um livro que chegam nesta quarta-feira, 09/12/2009, ao público francês prometem alimentar um debate nacional sobre a contribuição do bumbum na formação do imaginário nacional.
"La Face Cacheé des Fesses" ("A Face Oculta das Nádegas", em tradução livre), uma parceria entre a documentarista Caroline Pochon e o jornalista Allan Rothschild, estreia em forma de documentário nesta quarta-feira no canal Arte de televisão, horas antes de a edição impressa homônima chegar às livrarias.
Os autores concluíram 18 meses de uma investigação que as editoras da obra, Arte e Democratic Book, estão apresentando como "séria, ao mesmo que lúdica", e com um "toque de espírito libertino".
"Quando falamos das nádegas", diz um trecho do documentário, "falamos de nós mesmos".
Psicanálise e semiótica. Os autores propõem uma viagem multidisciplinar pelas diferentes representações do traseiro na história da humanidade, emprestando conceitos de história da arte, psicanálise, sociologia e semiótica.
Pochon e Rothschild falam a um país onde as referências ao que a revista semanal L'Express descreveu como "a parte mais subversiva da anatomia humana" não são incomuns.
"A pátria, a honra, a liberdade, nada existe: o universo gira em torno de um par de nádegas", disse o filósofo Jean-Paul Sartre, como lembrou o diário Le Monde.
Nesse contexto, a imprensa vem tratando esta celebração ao traseiro como "a cereja do bolo dos lançamentos natalinos".
"Há mil coisas a dizer sobre as nádegas", afirmam Pochon e Rothschild. "Elas nos falam sobre os fundamentos - no sentido literal e figurado - de nossa sociedade, os seus tabus e os seus desejos", refletem.
fonte: http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/bbc/2009/12/09/ult2242u2022.jhtm
Nascido na véspera do futuro, De que me adianta o brilho Néon do engano Se não consigo evitar a calvície De meus sonhos? Das cavernas, A angústia me consome. Da pedra lascada À Internet, Nada mudou. Nos cromossomos Somos os mesmos: Pânico diluído nos gens. Se a cabala fala, O que me cala é o medo Que meço a polegadas No tic-tac de meus dias.
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