Nesta noite de lua
outonal
Consultei meus
oráculos
E decidi decidir
E decidi decidir
Sem medo de agir
mal.
Temeridade temer
Quando os sonhos faz
tremer.
Sou um poeta de
paradoxos
Amo sentir meus pés cravados no chão
Amo sentir meus pés cravados no chão
Como raízes de um carvalho
centenário
Assim como amo
minha alma alada
Que faz no Olimpo
sua ocasional pousada.
Na poesia sou ave
de arribação
Voo livre a procura de verão
Ninho de carinho nos braços da amada.
Voo livre a procura de verão
Ninho de carinho nos braços da amada.
Se os sonhos não
fossem tão caros
Minha sorte seria passaporte.
Certo estou que meu oásis existe
Minha sorte seria passaporte.
Certo estou que meu oásis existe
E, não obstante a
realidade, ele subsiste.
Nestas noites de
outono
Confidencio-me com
a lua
E conto-lhe meus segredos
E conto-lhe meus segredos
Sem medo do
degredo.
Por isso a decisão
de decidir
Despido do medo de
errar.
Na dúvida entre
ficar ou partir
Decido
metamorfosear.
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