sábado, 24 de junho de 2017

DA SAGA DE SER EU




Sou emocionalmente dependente de inspiração

Se me falta lampejos de magia

Falta-me também o elã vital da poesia.

É como se me furtassem o ar

Que preciso para respirar

E eu preciso escrever

Para sobreviver.



Minha saga é ser assim

Escravo da liberdade

Que me algema e me liberta

E me eleva ao olimpo sem eu sair de mim.



Mas nada disso é segredo

Sou réu confesso

Porque não minto nem omito

A realidade de meu degredo.



Na prateleira das incertas certezas

Guardo meu dossiê

Acessível a quem me lê

São páginas e páginas.

De concretas abstrações

Diálogos, monólogos e solilóquios

Relatos sinceros de minhas emoções.



Quando viajo no vão de minhas ilusões

E me abrigo incólume no oásis de meus devaneios

Sou perfeito até nas minhas imperfeições

E te amo inteiro, sem vírgulas, reticências e receios.  

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