Que saudade de mim
Nos tempos dos carrinhos de rolimã.
Tardes livres depois da escola,
Oportunidades para jogar bola,
Subir em pé de manga
Fazer festa com fruta temporã.
Que saudade de mim
Em minha feia adolescência.
Sempre preterido pelas meninas
Sem chances de acasalamento
Condenado pelos complexos
Ao exílio da inocência.
Que saudades de mim
Na descoberta da poesia.
Mágico de Oz de mentirinha
Recitava versos apaixonados
Para a bruxa má e também
Para a fada madrinha.
Que saudade de mim
Quando estatuto da criança e adolescente
Era ser bom filho,
Nos tempos dos carrinhos de rolimã.
Tardes livres depois da escola,
Oportunidades para jogar bola,
Subir em pé de manga
Fazer festa com fruta temporã.
Que saudade de mim
Em minha feia adolescência.
Sempre preterido pelas meninas
Sem chances de acasalamento
Condenado pelos complexos
Ao exílio da inocência.
Que saudades de mim
Na descoberta da poesia.
Mágico de Oz de mentirinha
Recitava versos apaixonados
Para a bruxa má e também
Para a fada madrinha.
Que saudade de mim
Quando estatuto da criança e adolescente
Era ser bom filho,
Respeitar os mais velhos,
Ser trabalhador,
Ser pessoa decente.
Que saudade de mim
Quando não se demonizava
O trabalho infantil.
Engraxando sapatos
Que saudade de mim
Quando não se demonizava
O trabalho infantil.
Engraxando sapatos
E capinando lote baldio
Ajudava a família
E me livrava da possibilidade
E me livrava da possibilidade
Da delinquencia juvenil.
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