sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

EU, ODISSEU



Noites iluminadas me convidam a viagens
Incríveis no universo interestelar.
Poesias lunáticas têm poderes inimagináveis
Mas nem todos conseguem divisar.

Não revelarei a ninguém
Os descaminhos de liberdade e doces loucuras
Perscrutados por meus pensamentos
Quando fico a sós com lua
Esculpindo maravilhosas travessuras.

No silencio de meus devaneios
Cavalgo cometas arredios
E nunca desisto de meus anseios
Secretos, lindos e vadios.

O que você não sabe de mim revelarei agora, secretamente.
Sou poeta fujão, admito, mas não fujo sozinho.
Sempre levo você comigo na minha mente
Mas advirto que não sou menino bonzinho.

Saiba que meu escaninho de malvadezas
É riquíssimo em ingredientes para praticar alquimia.
Sei misturar ingenuidade, encantamentos e safadezas
E fazer peraltices com ternura, beleza e magia.

Nunca me dou por vencido quando peripécias
Adiam minha sina de Odisseu.
Sou guerreiro paciente, não me rendo a inércias.
Minha Odisseia fui eu quem a escreveu.

Quando ficamos a sós na lua, oásis de meus degredos,
Desperto em você a face secreta de Vênus.
Nas deliciosas travessuras tecemos mil enredos
Ígneos poemas que juntos escrevemos.

Feche seus os olhos agora, ouça ulular o silêncio e acredite
Nos sonhos sonhados a dois o limite é a cumplicidade.
Em nossas secretas traquinagens eu a chamarei de Afrodite
Mito e realidade na deusa da beleza, do amor e da sexualidade.   


12-01-2018

Um comentário:

  1. Gosto demais de suas poesias, de seus poemas, de você amigo cabra bom. A cada dia melhor, um alquimista é o que é. Um abraço fraterno.

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