sábado, 15 de agosto de 2009

SEM MEDO DE MEDUSA




Meia dúzia de medusas
Não me assombrariam
Se nas sombrias sobras petrificadas
Vicejasse alguma poesia.

Narciso anão
Meu espelho
Seu rosto espelha

Incansavelmente
Contemplo a face amada
Na líquida lâmina espelhada.

Ser poeta é isto:
Admirar a musa
Ainda que medusa


BASTOS, Almáquio. Sob o signo de Eros, p. 67

Ilustrução capturada no site http://fantasy.mrugala.net/Greg%20Horn/

2 comentários:

  1. Almáquio Bastos,
    LEIO POESIA PURA NESTE ESPAÇO LITERÁRIO,
    MEUS CUMPRIMENTOS AO ESCRITOR,
    EFIGENIA COUTINHO

    ResponderExcluir
  2. Meus cumprimentos, poeta! Mas não me induza por medusa, minha musa é outra que me usa! Mandou bem! rsrsrs.

    ResponderExcluir

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...