O que é o silêncio
Senão o ecoar do surdo fremir
De asas da borboleta
Que decola após sugar suavemente a seiva
Na vulva da flor?
O que é o desejo
Senão a minha certeza
do roçar de asas da borboleta
que adorna o seu jardim secreto no vértice entre coxas?
O que é a poesia
Senão a lírica angústia
Deste poeta de alcova
Que se ocupa com a saudade do que não viveu?
05/08/2010 – 21h57m
Poeta
ResponderExcluirE porque não viveu? Se amedrontou com alguma coisa menos boa?
Gostei de o encontrar e do que escreveu!
Mª. luísa
Que merda de cotidiano é esse que impede que confrades,como tu, escreva esse tipo de coisa e não o envie para eu apreciar? Adoro uma taça de bom vinho regado à poesia almaquiana. Saúde, irmão! E vida longa à tua poesia.
ResponderExcluirÉ por essa e outras que sou sua fã de carteirinha. Saudade do que não viveu?
ResponderExcluirCaro poeta, até no que não se deu, suas sugestões são insinuantes.
Maria Luisa, Claudio e Luciana, agradeço os comentários elogiosos. Esse feedback é poderoso combustível que me leva e eleva ao desejo incontido, encontrável, somente, no universo alquimista da poesia.
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