terça-feira, 21 de junho de 2016

SOBRE AMOR, ABRAÇOS E POESIA




Cada poema que escrevo
Me escreve antes de eu escrevê-lo.
É como se a obra produzisse o obreiro.
Não que eu seja tardo em saber o que sou,
Mas a poesia só vai fazendo sentido
A medida que vai sendo vivida.

Às vezes, o texto, antes de ser pretexto é contexto.

Por isso, quando falo de amor,
Não falo apenas do que estou sentindo,
Mas sinto e falo o que me faz sentido.

Quando te abraço,
Quero dizer mais que: há braços!
Quero dizer que amar é algo que não sei dizer,
Mas cabe no meu ato de te envolver. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...