sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Poema sobre sombras e silhueta Na arte de se monstrar.





A arte de se mostrar
Não pode ser vulgar
Exige um quê de dramatização
Mistura de mito e mistério
Pantomina da emoção.

A arte de exibir e ocultar
Principia na escolha da lingerie
Cor e textura
Com sabor de travessura.

Importante não subestimar
A expertise do voyeur
Se for poeta então,
Nem pensar.
Poetas tem olhos de Lince,
Já disse outra vez,
Veem muito além
De onde se pode enxergar.

Rendas, transparências, possibilidade.
Feixes de luz, delicada silhueta
Com olhos de fotógrafo e fina sensibilidade
Olhar a sombra vendo a rima perfeita.

Na arte de espiar sou mestre
Mas o segredo da caixa de Pandora
E da rima perfeita não vou revelar
Cada um descubra por si.

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