Observo os grãos de areia sendo
Tragados pelo gargalo da ampulheta
E frio silêncio, nada metafórico,
Abate-me feito um morteiro.
Bem sei que o agora
É a única certeza existente,
Mas a simples expectativa do amanhã
Presenteia-me com uma estrela cadente.
Inclino minha fronte
Numa oração monossilábica
E
faço do poema minha prece.
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