Não consigo contabilizar
fevereiros
alheio a reflexões.
Mês atípico no tamanho
e na bissextualidade,
fevereiro carrega a pecha
de dotar piscianos com
sensibilidade.
Meus cabelos não tem
“cinquenta tons de cinza”
mas sei que as cãs denunciam
a aproximação da terceira idade.
Sou do século passado, é verdade,
mas isso não me entristece,
muito pelo contrário,
vinho envelhecido me apetece.
Vinte e oito de fevereiro é assim,
último dia do mês que não chegou ao fim.
até que as águas de março fechem o verão,
festejo meu aniversário, seja
bissexto ou não.
Na sucessão do ciclo das
estações
a ampulheta me mostra uma
dura realidade.
Vã é a tolice de postergar
emoções
e a avareza com amor e
cordialidade.
Amar é verbo que se
conjuga no presente,
Pois no futuro pode ser
uma temeridade.
De que adianta esconder a
semente
Sem plantar para colher na
posteridade?
Não costumo economizar
carinhos
Também não sou de negar
afeto.
Sou dado a abraços,
chamegos e beijinhos,
Mas também sei ser duro e
direto.
Se o futuro a todos é uma
incógnita,
A velhice é mais que um
presente
E deve ser a somatória
bendita
Poeta Almáquio Bastos,
Em 28 de fevereiro de 2017
Ao completar 58 anos de
idade.
Que Maravilha esse poema Almáquio. Parabéns querido amigo, e que o Senhor nosso Deus te agracie com a longevidade e toda sorte de bênçãos!
ResponderExcluir