domingo, 5 de março de 2017

PEQUENA REFLEXÃO SOBRE O VALOR DAS FANTASIAS




Não se pode mensurar o valor das Fantasias pelo custo benefício.
Os parâmetros das ciências exatas
Não se aplicam às experiências vividas sob a égide da liberdade.
Isso explica a frustração de
Matemáticos e economistas
Quando se arvoram fazer gráficos para medir felicidade.
 

Na soma dos dias
Malditas são as urgências que nos consomem.
Elas nos roubam o brilho dos olhos,
A fraternidade do sorriso,
A lírica essência, matéria prima das alegrias.
 

Não há prazer em ser pedra,
Mas quando não há resistência
Pouco a pouco nos embrutecemos.

É privilégio natural dos poetas e filósofos
O livres trânsito
Nos trilhos limítrofes
Entre mito e realidade.

Não há mistério na mistura,
Há beleza e candura.
No reino da poesia
É natural o gosto pela alegoria.

Por isso, a cada manhã, meu despertar
É feito com cheiro de café quentinho
(coisa da casa dos avós),
Misturado com a beleza de balé de beija flor.

Amo assistir o sol brincando
De desenhar sombra de folhas
No chão do meu quintal.
É na importância dada aos detalhes
Que cumpro meus rituais.

 Não fosse o arsenal de obrigações
Dedicaria meus dias
Aos encantamentos e suas interjeições,

Sentindo no rosto a brisa da alforria. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

VOLTANDO A FALAR DE SONHO

Sonho é matéria invisível Igual carícia de vento Pode ser lembrança vivida Ou coisas que invento. Quando meu coração Acorda sorrindo E diz...